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Jornalista, torcedor incondicional do Vasco da Gama e defensor ferrenho da liberdade de pensamento.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


A poeira do tempo

O começo de tudo era o pó:
Rastros de cinzas no ar
Pegadas de carvão no horizonte
Desenhos de fumaça moldando o espaço

E a batuta de Deus ditando o compasso
De um resto de tempo
Incessante a passar...

E o meio de tudo ainda é o pó:
O pó da bagunça dos móveis
Dos rastilhos de pólvora
Revólveres!

O pó-de-arroz no rosto da menina
Nas construções de cimento
No refino da cocaína
Nos entulhos da cidade
A se deteriorar...

E o fim disso tudo, amigos,
No fim de tudo o destino:
Tudo o que é vivo
Se desmanchará em pó!

E assim se cumprirá a velha profecia:
Aquilo que do pó fora erguido
Ao pó fatalmente irá retornar...

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