O Silêncio
Percebem esse som que entorpece
Os ares, os bares, os lares?
Que antecede o sino das igrejas
E sufoca o barulho das feiras?
Que inspira a oração de Pai Nosso
E oferece honraria aos mortos?
Onipresente e constante silêncio...
Um vazio que camufla e se esconde
No alto da copa das árvores
Nas águas embaixo da ponte
No brado de dor dos doentes
Nos suspiros de amor dos nubentes
Encravado nas pedras da estrada...
Por detrás do marulho das ondas
Do “cabum” badalado das bombas
No frisson rastejar das serpentes...
Uma calma que mata e destrói
Que renasce, refaz, reconstrói!
Um silêncio incessante e inaudito
Entre o sussurro suave e o grito!
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