Cegueira
Se me julgas com os olhos que te cegam
O que vês é real ou ilusão?
Me persegues com palavras e com pedras
E o que tocas não tem sombra nem tem mão
Não tem corpo, não tem vida nem tem sorte
Não tem arte, nem razão, não tem por quê
Só tem asas nos teus desenhos pobres
Nas ferrugens do pensar, do mal-querer
Se me julgas com os olhos que te cegam
O que vês são teus delírios, nada mais
São vestígios do teu medo, que carregam
O furor dos teus instintos animais
Se tens medo de me ver com outros olhos
De saber do meu saber mais que ninguém
É porque tu só entendes teus simplórios
Do meu ter que te fascina e que não tens
Se me julgas com os olhos que te cegam
O que não tem mais sentido se refaz
O que não tem mais desejo permanece
E o que não tem mais futuro se desfaz
Se me julgas com os olhos que te cegam
O que vês é real ou ilusão?
Me persegues com palavras e com pedras
E o que tocas não tem sombra nem tem mão
Não tem corpo, não tem vida nem tem sorte
Não tem arte, nem razão, não tem por quê
Só tem asas nos teus desenhos pobres
Nas ferrugens do pensar, do mal-querer
Se me julgas com os olhos que te cegam
O que vês são teus delírios, nada mais
São vestígios do teu medo, que carregam
O furor dos teus instintos animais
Se tens medo de me ver com outros olhos
De saber do meu saber mais que ninguém
É porque tu só entendes teus simplórios
Do meu ter que te fascina e que não tens
Se me julgas com os olhos que te cegam
O que não tem mais sentido se refaz
O que não tem mais desejo permanece
E o que não tem mais futuro se desfaz
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