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Jornalista, torcedor incondicional do Vasco da Gama e defensor ferrenho da liberdade de pensamento.

segunda-feira, 28 de março de 2011


Espanto-me

Espanto-me ao te ver sorrir
Com tanta simplicidade
Com jeito de quem quer fingir
Que a regra da vida é sonhar

Que o amor é navio que viaja
Por tantos lugares
Mas leva consigo a vontade
Tão terna, tão simples vontade
De em porto seguro atracar

Espanto-me ao te ver mentir
Sem prumo, sem dignidade
No afã de querer encobrir
O que se tentou revelar

Que o amor é um rio que navega
Por tantas paisagens
Mas leva consigo a vaidade
Tão longa, soberba vaidade
De um dia tornar-se alto mar

Espanto-me ao te ver partir
Sem rumo, por todos os ares
Sem mesmo tentar descobrir
O que lhe restou do lugar

E assim nosso amor chega ao fim
De sua última tarde
E encerra consigo a saudade
Tão fria, tão franca saudade
E nunca mais regressar...

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