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Jornalista, torcedor incondicional do Vasco da Gama e defensor ferrenho da liberdade de pensamento.

sexta-feira, 8 de julho de 2011


Dia da morte

Quando soar no tempo o instante fulminante
e minha presença já não for mais necessária
não quero ouvir por mim discursos e reclames
nem falsos olhos ver por mim verterem lágrimas

Quando cessar sob este céu meu passo errante
minha alegria deixo sobre o chão da estrada
como herança, meu sorriso em teu semblante
meu desalento recomposto em serenatas

Tal como o sol que se põe calmo no horizonte
desejo a fonte dos crepúsculos imortais
e uma brisa leve que carregue ao mar distante
a dor cortante que penei nos meus umbrais

Deixe eu sentir toda a beleza rutilante
do rebentar da aurora ao fim da madrugada
quero cravar na alma a força desse instante
e despertar sob uma nova alvorada!

Um comentário:

  1. Uma bela forma de expressar sobre o momento da desencarnação. Que o seu momento (quando o for) seja tão leve como parece no poema, pois isso depende apenas de você, dos seus atos.
    Poema muito bem escrito e muito marcante. Parabéns.

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